17 abril 2012

IMC vai trazer Carl's Jr. ao país e estuda aquisições

Dona da rede de restaurantes Viena e Frango Assado, a International Meal Company (IMC) quer aumentar a sua escala de operação no Brasil e para isso a empresa estuda a aquisição de dois negócios no país, além da abertura de uma nova rede de lanchonetes, a Carl's Jr., no segundo semestre de 2012, informou Javier Gavilán, presidente global da companhia. Empresa de capital nacional, a IMC iniciou suas atividades em 2006, sob controle de fundos administrados pela Advent International, com meta de desenvolver negócios no varejo de alimentação no país.

No plano de entrada da cadeia de fast-food Carl's Jr. está programada a abertura de até quatro pontos no país neste ano. A IMC é representante exclusiva da rede americana em alguns países da América Latina - são cerca de 1,3 mil pontos no mundo. As unidades estarão localizadas em aeroportos e shopping centers em São Paulo e Rio de Janeiro na primeira fase. O grupo CKE, controlador da Carl's Jr, faturou US$ 1,3 bilhão em 2011. A IMC, com R$ 899 milhões em receita líquida no ano passado, cresceu 20% sobre 2010.

"Em sete anos, acreditamos que é possível ter 50 unidades da Carl's Jr. no Brasil, com preços para o combo, por exemplo [inclui sanduíche, batata frita e refrigerante] na faixa dos R$ 23", disse Gavilán. "Vamos nos posicionar num patamar um pouco acima de McDonald's e Burger King", diz ele. Nos EUA, o Big Carl é rival do Big Mac.

Recursos da oferta pública de ações da IMC em 2011 - existiam no caixa cerca de R$ 140 milhões em dezembro - serão usados para o plano de crescimento neste ano no Brasil. Para 2013, novas fontes de acesso à capital devem ser avaliadas - como linhas de financiamento em bancos como BTG Pactual e Santander, diz Gavilán. Também não está descartada a possibilidade de uma nova oferta de ações (follow on) a partir de 2013. No IPO em 2011, a empresa captou R$ 330,8 milhões na oferta primária (a ser investido na empresa).

Pela composição acionária, além do fundo Advent, também são acionistas os fundos globais de investimentos do GIC (fundo soberano de Cingapura) e da British Columbia Investment Management Corporation (BCIMC).

No caso de investimentos em novas aquisições, a companhia tem avaliado negócios que sejam complementares à operação. No portfólio de negócios já adquiridos estão Viena, Frango Assado, Wraps, Go-Fresh, Brunella e RA Catering (serviço de bordo aéreo). Em análise hoje, explica a companhia, está a possibilidade de compra de uma rede de "frozen yogurt". "Estamos considerando dois caminhos. A compra de algo ou a expansão da marca Brunella para esse negócio, que consideramos forte em algumas regiões", diz Gavillán. "Existem dois negócios em análise para aquisição em Brasil e outros dois de empresas na América Latina". A IMC tem operações no México, Porto Rico, República Dominicana e Panamá.

Também existe um projeto, que ganhou força nos últimos quatro meses, com a rede Frango Assado, adquirida em 2008. Três restaurantes da cadeia no formato "express", com até 200 m2, foram abertos nos últimos 30 dias, nos aeroportos em São Paulo (Congonhas e Cumbica) e Distrito Federal (Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek). A primeira unidade "express" foi inaugurada em dezembro, no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). "Calculamos que há espaço para abrirmos, no prazo de cinco anos, 100 unidades 'Frango Assado Express' ", disse presidente da IMC no Brasil, Enric Besalduch.

Segundo o executivo, a companhia calcula que até o fim do ano no Brasil, a IMC deve acrescentar cerca de 60 restaurantes a sua base de 188 unidades, incluindo todas as marcas. Nos 60 pontos, haverá inaugurações de unidades em hospitais. A IMC fechou acordo com a Rede D'Or para abrir um Viena no Hospital São Luiz, em São Paulo. Por Adriana Mattos
Fonte: Valor Econômico 17/04/2012

17 abril 2012



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