26 dezembro 2011

CCR aprova aquisição de ativos aeroportuários de Andrade e Camargo

A CCR divulgou hoje que o comitê independente instituído para analisar a aquisição de ativos aeroportuários de seus controladores Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa concluiu os trabalhos de avaliação.

Os ativos em questão são as participações societárias dos dois grupos nas empresas que exploram os aeroportos internacionais de Quito, no Equador; de San Jose, na Costa Rica (ambos da Andrade); e de Curaçao (da Camargo). Também foi analisado o projeto de um terceiro aeroporto no município de São Paulo.

Com base nas recomendações do relatório do comitê, o conselho de administração da CCR autorizou a diretoria da companhia a negociar com os acionistas.

Para o aeroporto de Quito, o valor definido para a aquisição foi de US$ 140 milhões pela participação de 45,5%. No de San José, a participação de 48,8% seria vendida por US$ 50 milhões. Em Curaçao, US$ 24,5 milhões seriam usados para comprar a participação de 40,8%. Quanto ao projeto do Novo Aeroporto de São Paulo (NASP), ficou acordado que as partes tratarão do assunto em data futura.

Os aeroportos têm lucro líquido de R$ 800 mil (Curaçao), R$ 2,2 milhões (Costa Rica) e R$ 45 milhões (Equador). “Os acionistas não querem se desfazer desses ativos. Eles querem administrar esses ativos por meio da CCR”, disse ao Valor em agosto Arthur Piotto, diretor de relações com os investidores da CCR.

O conselho da CCR decidiu convocar uma assembleia geral extraordinária para análise e eventual aprovação do complemento do objeto social da CCR. Segundo a companhia, os acionistas vendedores dos ativos não votarão.

A incorporação dos ativos, segundo executivos da empresa, seria o primeiro passo da entrada da CCR em aeroportos. A companhia estuda também sua participação na disputa pelas concessões federais de aeroportos no ano que vem.

Conforme adiantou o Valor em junho, a Camargo estudava a possibilidade de disputar os projetos aeroportuários no Brasil, mas ainda não havia definido se iria atuar por meio do grupo CCR ou da A-port. Na época, a empresa inclusive cogitava a incorporação da A-port à CCR. Por Fábio Pupo
Fonte:Valor26/12/2011

26 dezembro 2011



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