11 maio 2011

Grupo de software atrai aporte de R$ 60 milhões

O Brasil e o mercado internacional sempre estiveram no horizonte da Softway - empresa de softwares de gestão do comércio exterior - seja pela própria natureza da atividade da companhia ou mesmo pelos passos dados logo após sua criação, na cidade de Campinas (SP), em 1996. Quinze anos depois de desenvolver um sistema que foi adotado em toda a América Latina pela Hewlett-Packard (HP), o primeiro cliente da companhia, a Softway, está colocando em prática um plano para reforçar e expandir seus negócios tanto no Brasil quanto no exterior.

Para atrair investimentos e reunir novas operações e suas atividades sob um único chapéu, a Softway criou em 2010 a T. Global, que acaba de receber um aporte de cerca de R$ 60 milhões (US$ 37,5 milhões) do fundo de participações DGF Investimentos. Sob os termos do acordo, a DGF terá uma participação minoritária na T. Global e passa a ocupar uma cadeira no conselho de administração do novo grupo. "A princípio, esses recursos serão usados para financiar aquisições. A ideia é ganhar musculatura e abrir capital em três anos", diz Israel Geraldi, presidente do conselho de administração da T. Global. A partir da injeção de recursos, a primeira iniciativa da T. Global é a aquisição da também brasileira Softleasing.

A Softleasing atua no mesmo segmento da Softway. O foco da companhia, porém, são as pequenas e médias empresas, que movimentam até US$ 10 milhões em importações e exportações. A Softway, por sua vez, dá prioridade aos clientes que importam ou exportam valores acima dessa cifra. As duas companhias vão continuar a operar de forma independente. A proposta, no entanto, é estabelecer um fluxo de parcerias em termos de portfólio, vendas e desenvolvimento de produtos para atender às demandas de empresas de todos os portes. Com a aquisição, a T. Global passa a ter mais de mil clientes no segmento de softwares de gestão para o comércio exterior.
Impulsionada pela criação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), em 1993, a demanda pelos chamados softwares aduaneiros vem acompanhando o crescimento da balança comercial brasileira, diz Menotti Antonio Franceschini Neto, diretor de marketing e negócios da Softway. "A projeção para 2014 é de que o Brasil movimente o dobro do fluxo que tem hoje. São essas perspectivas que estão direcionando nossos investimentos", afirma Neto. Nessa direção, Geraldi revela que a T. Global já mantém negociações e deve concluir a aquisição de outras três empresas ligadas ao setor até o fim do ano.

Outra estratégia da T. Global é acelerar o processo de internacionalização da Softway, iniciado com a abertura de uma subsidiária na Argentina, em março. O investimento na operação foi de US$ 2 milhões, mesmo valor previsto para as próximas unidades no exterior. O próximo passo é abrir uma unidade no México em 2012. Colômbia, Chile, Estados Unidos e um país da América Central completam os planos de expansão para os próximos cinco anos. Segundo Geraldi, as metas para a Softway incluem ainda superar a marca dos R$ 100 milhões (US$ 62,5 milhões) de faturamento em 2014. A empresa alcançou uma receita de R$ 60 milhões (US$ 34,1 milhões) em 2010. Quanto à Softleasing, o objetivo é triplicar o faturamento de R$ 2 milhões (US$ 1,3 milhão) e a base atual de cem clientes nos próximos três anos.

Fonte: Valor Econômico – 10/11/2011

11 maio 2011



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